Tendências pedagógicas são
correntes de pensamento que subsidiam a atuação do professor em sala de aula. Dependendo
do referencial teórico, há diversos conceitos de sujeito, sociedade, cultura,
educação, entre outros, e como a educação escolar é sempre uma ação intencional,
os diferentes posicionamentos pessoais implicam diferentes fazeres pedagógicos,
haja vista os objetivos que se pretende alcançar. O conjunto de abordagens e
estudos que encaram a educação sob uma mesma linha de pensamento constitui uma
tendência ou corrente pedagógica.
As tendências pedagógicas podem
ser dividas da seguinte maneira:
- Tendências Idealista-Liberal: omitem a relação entre a ciência e a cultura e os interesses de classe; visa “neutralizar” a educação, independente dos conflitos sociais, a enxergando como um meio de construir, por si só, uma sociedade igualitária e democrática.
o
Pedagogia
Tradicional: a escola é o ambiente de preparação para a vida, onde se
recebe educação intelectual e preparo moral; os conteúdos são aqueles
acumulados pelas gerações anteriores e processo de ensino é mecanizado; o
professor é o detentor e transmissor de conhecimentos e o aluno os recebe e
memoriza para utilizar na sua vida intelectual e moral.
o
Pedagogia
Nova: a escola deve ser um ambiente que imita a vida; o verdadeiro conteúdo
é aprender a aprender, já que as informações estão facilmente disponíveis em
diversos meios; o professor é um colaborador que ajuda o aluno a aprender e o
aluno aprende fazendo.
o
Pedagogia
Tecnicista: a escola é um ambiente de preparação para o mercado de trabalho;
os conteúdos são fornecidos de forma objetiva e rápida visando sua boa
utilização no trabalho; o professor é visto como um técnico e o aluno como um elemento
adaptável em formação.
- Tendências Realista-Progressista: objetivam a conscientização do povo a respeito dos conflitos sociais, de forma a erradicar a divisão de classes socioeconômicas; visa demonstrar que a educação não é neutra, estando sempre a serviço de uma classe, e colaborar com transformações sociais.
o
Pedagogia
Libertária: a escola é uma comunidade gerida por seus participantes de
forma horizontal, sem hierarquia; preocupa-se com a forma que os conteúdos são
apreendidos; o professor não é autoritário e propõe-se a abolição dos sistemas
punitivos de alunos (notas, provas, frequência, entre outros).
o
Pedagogia
Libertadora: o ambiente destinado à educação não é necessariamente a
escola, podendo ocorrer em outras instituições da sociedade; os conteúdos estão
relacionados às práticas cotidianas da vida em sociedade; o professor é tratado
de forma horizontal ao aluno, que, por sua vez, é estimulado a problematizar
suas vivências. Paulo Freire é o principal autor dessa corrente pedagógica,
cujo objetivo é a transformação da prática social das classes populares.
o
Pedagogia
Crítico-Social: a escola pública é valorizada pelo contado das massas populares
com a ciência e deve ser um ambiente de conscientização política do cidadão,
mas não o único existente na sociedade; os conteúdos culturais e científicos
são vistos como produções coletivas utilizadas de forma monopolizada por uma
minoria historicamente privilegiada como fator de dominação da maioria; os
métodos devem estar subordinados aos conteúdos e favorecer o diálogo e a
formação de sujeitos críticos.
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