segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Tipos de avaliação

Avaliação diagnóstica

Este tipo de avaliação visa identificar as características dos alunos, reconhecendo seus conhecimentos prévios, ou seja, o que foi apreendido até aquele momento. Dessa forma, é possível planejar uma sequência de aulas adaptada àquela realidade.

Ela dá visibilidade ao ponto de partida dos alunos em formação, em determinado momento de sua trajetória escolar. Assim, pretende-se reconhecer os objetivos que se deseja alcançar, adequadamente, com um perfil específico de aluno, podendo determinar os processos metodológicos e didáticos a ser utilizados.

Outros objetivos da avaliação diagnóstica são:

  • Verificar os conhecimentos prévios a respeito de um assunto específico;
  • Averiguar a presença ou ausência de conhecimentos e habilidades;
  • Investigar causas de dificuldades na aprendizagem;
  • Auxiliar o professor na elaboração dos planos de aula de uma maneira mais adequada à realidade do aluno;
Essa avaliação pode ser realizada das seguintes maneiras:

  • Entrevista com o próprio aluno, ou ainda com responsáveis, outros professores, orientadores, entre outras pessoas envolvidas na vida escolar;
  • Consulta ao histórico escolar do aluno;
  • Exercícios;
  • Simulados;
  • Observações em sala de aula em relação ao desempenho do aluno;
  • Discussões sobre determinado assunto;
  • Testes padronizados.

Avaliação formativa

A avaliação formativa propõe o acompanhamento do desenvolvimento das aprendizagens do aluno. O resultado desse acompanhamento são informações que alimentam e direcionam de forma significativa a ação pedagógica, aproximando de maneira considerável professor e aluno.

Nesta proposta, informar-se sobre os erros e acertos do aluno é um elemento importante como ponto de partida para uma investigação docente que objetiva a compreensão dos obstáculos e, posteriormente, a sua superação. Dessa forma, a avaliação assume uma função informativa, tanto para o professor quanto para o aluno. O que vai defini-la como formadora é a reflexão ocasionada pelas informações trazidas pelo instrumento, propiciando novas ações que consolidem o desenvolvimento do ensino e aprendizagem. Ou seja, seu objetivo é melhorar o processo de ensino-aprendizagem mediante o uso de informações levantadas por meio da ação avaliativa.

Os instrumentos avaliativos, a serem utilizados e, as competências avaliadas devem ser esclarecidas aos alunos, antes de serem aplicados. As correções dos instrumentos avaliativos devem analisar as estratégias cognitivas e metacognitivas, utilizadas pelos alunos. Na elaboração desses instrumentos, os professores devem fazer um intercâmbio, analisando o que foi elaborado e fazendo observações para contribuir com a elaboração. Um instrumento importante e que não pode deixar de estar presente, em uma avaliação formativa, é a auto avaliação. Segue outros exemplos:
  •  Observação direta e repetida do trabalho em aula;
  • Observação dos cadernos diários;
  • Correção na sala de aula de trabalhos realizados pelos alunos, individualmente ou em grupo (comentários de textos; questionários orais e escritos; composição escrita; resumos; exercícios sobre funcionamento da língua, etc.);
  • Organização de debates, discussões, exposições orais;
  • Fichas de compreensão de leitura de textos;
  • Redação de documentos práticos (cartas, inquéritos, fichas);
  • Comentário de um documento escrito, visual ou sonoro;
  • Aplicação de breves testes escritos para comprovar a aquisição de conteúdo específicos da unidade de trabalho;
Nesta forma avaliativa, a relação cíclica análise e ação deve ser contínua, intrinsecamente interligada à ação docente. O uso das informações pode seguir várias trajetórias diferentes, mas deve culminar na efetivação da atividade de ensino, na ampliação de conceitos e, consequentemente, no aprendizado.

Portanto, o conceito de avaliação formativa está relacionado a uma mudança de concepção do ato de avaliar. Assumindo essa concepção, é preciso debruçar-se sobre os dados produzidos pelas avaliações, a fim de atribuir-lhes uma utilidade significativa dentro da prática docente. A utilização e a diversificação de instrumentos de avaliação podem colaborar para uma melhor compreensão das diferentes realidades encontradas no contexto escolar.

Avaliação somativa

A avaliação somativa (classificatória), tem como função básica a classificação dos alunos, sendo realizada ao final de um curso ou unidade de ensino. Classificando os estudantes de acordo com os níveis de aproveitamento previamente estabelecidos. Sendo assim, ela está preocupada com os resultados das aprendizagens. Ela pretende, assim, fazer um balanço somatório de uma ou várias sequências do trabalho de formação. Essa modalidade avaliativa sintetiza as aprendizagens dos alunos tendo por base critérios gerais.


Atualmente a classificação dos estudantes se processa segundo o rendimento alcançado, tendo por base os objetivos previstos. 
É através deste tipo de avaliação que são fornecidos aos estudantes os chamados feedback que informa o nível de aprendizagem alcançado, se este for o objetivo central da avaliação formativa; e presta-se à comparação de resultados obtidos, visando também a atribuição de notas. Desse modo, sua principal característica é a capacidade de além de informar, situar e classificar o avaliado, tendo a perspectiva de conclusão em evidência, pois acontece no final de um processo educacional.


Por essa razão, a avaliação somativa fornece informações sintetizadas que se destinam ao registro e à publicação do que parece ter sido assimilado pelos alunos. Ou seja, seus resultados servem para verificar, classificar, situar, informar e certificar. 


Alguns dos métodos utilizados para essa forma de avaliação são, por exemplo:

  • Provas;
  • Seminários;
  • Projetos;
  • Trabalhos escritos.
Leitura recomendada:
KLEIN, Gilmara de Farias Souza; Instrumentos de coleta de dados para avaliação de aprendizagem na prática pedagógica do ensino superior a partir das opiniões de estudantes-trabalhadoras do curso de graduação em enfermagem. Disponível em: <http://www2.unifesp.br/centros/cedess/producao/produtos_tese/produto_gilmara_klein.pdf>; Defesa de mestrado da UNIFESP; São Paulo. Defendido em dezembro de 2012







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